Corsarius Grati estrada do iluminismo, corsarius grati, corsarius grati, corsarius, grati, blog, rio de janeiro, brasil, brazil, história, idiomas, música alternativa, cultura celta, pensamentos, civilizações, história antiga, história medieval A Estrada do Iluminismo, por Corsarius Grati

domingo, 23 de setembro de 2007

Tudo sobre a doce melodia do Dulcimer!

O que é um Dulcimer?!

O dulcimer é um instrumento musical de percurssão que possui cordas, tremendamente antigo em nossa história!

Aqui vamos tratar mais propriamente do dulcimer martelado (em inglês Hammered dulcimer).

Eu diria que a origem do nome dulcimer é até moderna em comparação com o tempo de existência do instrumento, já que dizem que o dulcimer é originário da antiga Pérsia ha mais de 2000 mil anos atrás, e a primeira referência feita a um instrumento desse tipo está gravada numa rocha persa que data de aproximadamente 700 AC. Encontramos também uma referência ao dulcimer na capa de um livro bizantino do século XII! Os anos passam e nenhuma gravura é encontrada até o ano de 1400 quando o instrumento foi introduzido no oeste europeu (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, ...). Logo em seguida começamos a encontrar o instrumento na Alemanha, Hungria, Itália, Polônia, Bohemia, Flanders, no norte da França e Inglaterra.

Certamente, seja na antiga Pérsia ou em regiões remotas do mundo como a própria China, o dulcimer devia ter outros nomes. Um exemplo disso é o Rei James I da Inglaterra na sua colaboração para tradução da bíblia do hebraico para o inglês, traduz o termo hebraico "Nebel" para "Dulcimer". O Nebel é um instrumento musical similar ao dulcimer mas não igual, já que na época de cristo os hebreus não tinham algo parecido como o dulcimer utilizado na era Medieval. Já, a palavra dulcimer tem origem no grego "dulce melos", algo como "doce melodia" ou "doce som".

Por dedução, nós acabamos descobrindo que o rei James I não poderia ter traduzido Nebel para Dulcimer sem que o instrumento e a palavra dulcimer já existisse. Trocando em miúdos, o tal instrumento já existia em sua época, e podemos então especular que esse instrumento tinha esse nome na Europa bem antes de nascer esse tal rei!

Tudo bem que o rei achou uma palavra européia equivalente para o Nebel. Européia porque o dulcimer tem origem grega com vimos, e dali partiu para várias nações européias com nomes similares: dowcemere, dulcimor, dulcimur, doucemelle, doulcemelle, dolcimela, e dolcema. Certamente deve haver variantes modernas como em italiano acho que seria "Dolcemelo", em espanhol talvez "Dulcemelo" ;-)

O dulcimer é uma tábua (chame também de "placa de madeira" ou mesa) onde as cordas são amaradas las laterais, ou seja, na horizontal, uma embaixo da outra, indo de seis a nove cordas (no século XV). A tábua basicamente era dividida em duas áreas (esquerda e direita), para que o músico pudesse tocar em cordas diferentes em cada um dos lados. Depois, a tábua nas versões seguintes do dulcimer ganhou múltiplas divisões no século XVI - em vez de duas áreas para tocar, algo entre oito e doze! Para tocar o dulcimer é preciso bater nestas cordas com pequenos martelos de mão, que lembram baquetas de bateria. Esses martelos eram segurados com dedo indicador e o dedo médio. Ainda no século XVI o dulcimer ganhou desenhos decorativos e um espaço para servir como alça, para facilitar a portabilidade.

Muita gente concorda que na Europa, durante o final de 1600 o dulcimer martelado foi o que inspirou inventores a criar todos os instrumentos de teclas conhecidos, como por exemplo o "Piano forte".

Clique aqui para ouvir e ver o dulcimer no Youtube, na música Rakim, do Dead Can Dance!

domingo, 16 de setembro de 2007

Lugares exóticos do mundo - Parte I: Mônaco

Minha paixão por lugares exóticos, distantes e avessos aos centros urbanos brasileiros me remete a algumas visitas proporcionadas por ótimas ferramentas educacionais e de entretenimento como o Google Earth. O mundo é tão grande que não dá para saber exatamente por onde começar. Então, por que não começarmos pelo Mundo Antigo - a Europa!

Após bater muita cabeça com alguns probleminhas, consegui dedicar o tempo no final do dia para mostrar a você para onde estamos indo: Mônaco.


Mônaco é um país, onde o sistema não é um presidencialismo, mas sim uma monarquia.

Os primeiros habitantes da região de Mônaco se chamavam Ligurianos, provavelmente guerreiros imigrantes que falavam um idioma indo-europeu. Eram descritos pelos historiador Diodorus Siculus e o geógrafo Strabon como habitantes de montanha, acostumados ao trabalho pesado e prudentes.

Esta região que habitavam os ligurianos ficava ao sul da França, próxima à colônia de Marseille (Marselha), onde moravam colonizadores gregos da terra de Focéia (gregos jônios vindos da Ásia Menor, hoje Turquia) no século VI antes de Cristo.

É certo que a origem da palavra Mônaco está ligado "Monoikos". A palavra Monoikos (do grego Μόνοικος) queria dizer μόνος (uma)+ οίκος (casa) pois viviam ali isolados dos demais, sozinhos. O termo oikos também pode quem sabe se referir a templo, e assim tocamos no assunto da mitologia antiga, onde é dito que Hércules passou por Mônaco, e um templo foi construído pelos gregos Foceanos. Esse templo se chama Heracles Monoikos. Esse templo foi erguido como homenagem a Heracles porque as pessoas no passado consideravam que Heracles (Hércules para os Romanos) era o criador de uma longa estrada e das fortificações que vão da Itália até a Espanha.

Logo, o termo Heracles Monoikos pode querer dizer "Heracles sozinho", "Só Heracles", "Heracles que tem um só templo". Certamente a palavra Monoikos parece ter origem na língua dos Ligurianos, e esta palavra não parece se referir a uma tribo e nem ser nome de uma tribo chamada "monoikos".


Depois que o império Romano caiu no século V, a região inteira de Mônaco foi devastada por bárbaros - esse foi um período de invasões uma atrás da outra, que durou até o final do século X terminando com a expulsão dos invasores Sarracenos em 975, aos poucos a região de Mônaco foi sendo reocupada. Provavelmente gerações descendentes dos Ligurianos voltaram a morar no local.

Negociações em 1297 tornaram possível a independência da região, e hoje é governada através de um sistema monárquico, onde o príncipe para efeitos de decoração até agora é o Albert II, e o ministro de estado Jean Paul Proust.

Mônaco está integrada à comunidade Européia e por isso adota o Euro como moeda corrente. No Brasil, os sites de internet terminam com a palavra ".br" mas, você vai saber se está em algum site de Mônaco se o endereço terminar com a palavra ".mc".

Andando pela capital, Monte-Carlo ou pelas demais áreas, você deve saber que vai encontrar pessoas que conhecem a língua oficial de Mônaco que é o Monegasco, um dialeto que tem origem no idioma Liguriano moderno. Mas você também vai poder conversar em francês, italiano e inglês.

Fotos de Mônaco
















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domingo, 9 de setembro de 2007

O Feitiço do Tempo

Que tal uma dica de filme muito legal, pra você que gosta muito de comédia?

O Feitiço do Tempo é um dos poucos filmes de comédia divertidos e que conseguem entreter a gente!

A história básica do filme envolve um repórter do Tempo, Phil Conners (interpretado por Bill Murray) : desagradável, sarcástico, e irritante com todos quando tem que fazer uma matéria desinteressante.

Após ter feito, a contra-gosto, a cobertura sobre a cerimônia de comemoração anual do Dia da Marmota (dia dois de fevereiro) na cidade "desconhecida" de Punxsutawney, Conners vai dormir e acorda na manhã seguinte, exatamente no mesmo dia. Amaldiçoado, ele acaba ficando preso nesse dia repetidamente, até que mude suas atitudes más e deixe de ser egoísta passando a se dedicar aos outros.

Este roteiro inteligente e divertido foi escrito por Danny Rubin, e dirigido pelo talentoso Harold Ramis, tanto diante como detrás das câmeras.

Bill Murray dá sua melhor performance em anos, começando com um personagem arrogante e idiota, se transformando num cara legal e carismático de forma convincente. Ele mostra com qualidade a transformação desse personagem, conforme vai passando pelos incidentes transformadores da vida.

Andie MacDowell é Rita, produtora da TV de Murray, e o alvo do seu amor. Rita é bonita, charmosa, e resistente. É divertido prestar atenção a suas várias respostas, dia após o dia, aos apelos românticos numerosos de Murray, e como seus sentimentos mudam por ele.

O mais supreendente do filme "Feitiço do Tempo" é que nunca fica chato, apesar do fato das cenas serem praticamente nos mesmos lugares e os eventos serem similares É um testemunho para a inteligência do roteiro de Danny Ruben, e do hábil diretor Ramis e seu incrível elenco, que fizeram um material aparentemente entediante se tornar em algo novo, divertido, e provocador.

Então fica aí uma boa dica de filme, difícil de encontrar, eu sei.... mas volta e meia ele passa nos canais de TV por assinatura como TNT, A&E Mundo, e aqueles outros canais bizarros que vem incluídos no seu pacote. Você pode ainda procurar naquelas mega locadoras perto do seu trabalho ou ainda, comprar o filme em algum site de vendas online. É um bom filme para você ver, bem acompanhado(a) e se divertir. O filme é um tributo à inteligência do roteirista Danny Ruben, ao hábil diretor Ramis e seu incrível elenco, que fizeram um material aparentemente entediante se tornar em algo novo, divertido, e provocador.

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